Compositor do segundo Hino Nacional de Moçambique, Pátria Amada e de obras que marcaram a revolução moçambicana, A Unidade do Povo, O Hino a Mulher Moçambicana e Exaltemos Mondlane, arranjou e harmonizou para vozes muitas das canções revolucionarias, tendo criado o Coral das Forças Populares de Libertação de Moçambique.
Salomão Júlio Manhiça é filho de Júlio Manhiça e Zixaxa Chimene. Passou a sua infância na localidade de Calanga, distrito da Manhiça. Frequentou o ensino primário rudimentar até a 3ª classe e depois disso veio a Lourenço Marques para fazer a 3ª e 4ª classe elementar. De seguida foi ao Seminario Menor de Magude e Seminario Menor de Cristo Rei da Namaacha, onde concluiu a 5ªa Classe e regressou a Lourenço Marques para o Seminario Maior de São Pio X, onde fez o curso de filosofia e teologia.
Embarcou para Lisboa para a Faculdade de Direito com o objectivo de dar continuidade nos estudos a nivel superior, tendo admitido com a melhor nota do Portugal Continental, Insular e Ultramar.
Passados alguns anos decidiu dar continuidade nos estudos tendo frequentado o Mestrado e Doutorado em Música na Universidade de Washington, tendo sido bolsista do Programa Fulbright e da Fundação Ford nos Estados Unidos da America em 1988. Doutorou-se em Etnomusicologia, tendo sido colega de um dos nomes mais importantes da Etnomusicologia, o Etnomusicologo Bruno Nettl. Regressou a Moçambique em 1992, tendo recusado o convite da Universidade de Washington para que ficasse nos EUA e assumisse uma posição de professor assistente.
Regressado a Maputo assumiu varios cargos de chefia, a destacar os cargos de Vice-Ministro da Cultura, Juventude e Desportos, Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique; Director do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação e Professor de Etnomusicologia na Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane. Perdeu a vida a 22 de Maio de 2013, vitima de doença.