Sua formação musical foi ao longo dos anos que cresceu na Missão São José de Lhanguene onde estudava como interprete e aprendeu trompete e solfejo. Iniciou-se em bandas como trompetista e sua primeira banda foi o grupo ABC 78 na companhia de Costa Neto, Ildo Ferreira e irmãos Monteiro. Tocou em vários grupos de clubes noturnos e integrou o grupo RM tendo viajado para vários países. Em 1990, venceu o Concurso Descobertas da RFI (Radio França Internacional) com a composição 'Baila Maria'. O prémio incluiu uma bolsa de estudos em França onde gravou, com a cantora moçambicana Mingas, o álbum Amoya editado e produzido pela RFI, sob a supervisão da Maison des Cultures du Monde tendo como tutor o camaronês Manu Dibango. Em França, conviveu com personalidades como Salif Keita, e Pierre Bianchi. Realizou então digressões por vários paises. No seu regresso a Moçambique, em 1992, e com o apoio da Rádio Moçambique trabalhou na pesquisa dos ritmos tradicionais. Nesse percurso, iniciou uma experiência, reunindo um agrupamento composto por artistas jovens, trabalhando na investigação e fusão de ritmos tradicionais e convencionais que resultou no que ficou conhecido como “Projecto ASAGA” (Amoya Studio and Art Gallery). Na década que se seguiu ao seu regresso de França, entre vários outros projectos, incluindo o álbum Madonga, com Cheny wa Gune e Mami Jovin, de Madagáscar, Chico integrou uma oficina multidisciplinar financiada pelo UNICEF, denominada “Circo da Paz”, com a tarefa de formar uma equipa composta por artistas de música, dança, cinema, jogos tradicionais, teatro e artes plásticas, para visitar todas as províncias e distritos do país e promover unidade nacional e disseminar habilidades lúdicas e cívicas. Em 2006 fez uma tournée por França, para realizar quatro concertos, a convite de Jean Paul Delore, ensaísta da peça de teatro «Peut-Etre», na qual participou como músico e actor durante três meses. Em 2014, lançou, ao vivo, o seu álbum Memórias.